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sábado, 17 de janeiro de 2015

Kassab: mais um partido para chamar de seu

Fundador do PSD, ministro articula criação de novo PL. É a chance de rivalizar com o PMDB e se tornar fiador da estabilidade de Dilma no Congresso
 





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“Não se deve permitir que o mandato de um deputado seja integrante do patrimônio privado do indivíduo nem algo de que ele pode dispor a qualquer momento”, concluiu, de forma utópica, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2007. Na época, a corte estabelecia que o mandato pertencia ao partido – e determinava a perda do cargo em caso de mudança de legenda. Foi a mais dura medida do TSE para coibir o surto de migrações e refiliações partidárias no Congresso. Menos de três anos depois, porém, o então prefeito de São Paulo Gilberto Kassab conseguiu colocar em prática uma eficiente brecha à tentativa de moralização promovida pelo tribunal: registrou um novo partido – a legislação permite o troca-troca partidário para legendas que estão em formação – e iniciou uma temporada de filiações para a agremiação que, segundo ele, não seria “nem de direita, nem de esquerda, nem de centro”. Nascia o Partido Social Democrático (PSD). A fluidez ideológica da recém-lançada sigla era a senha para reativar os atrativos óbvios do governismo.
'Kassab percebeu que a solução mais fácil para mudar de partido é criar um novo. O problema é que, quando cria a legenda, leva todo mundo, 15, 20 de uma vez só. E isso é um risco danado para os partidos que sobram. Dá um baque. É como se uma empresa perdesse do dia para a noite metade de seu caixa', diz um advogado que atua no TSE.
Depois de consolidar o PSD como força política no Congresso – terá 37 cadeiras na Câmara na nova legislatura – e diante da promessa de assumir o todo-poderoso Ministério das Cidades no novo mandato da presidente Dilma Rousseff, Kassab voltou à tona no início do ano passado como o patrono de um frenético movimento de migração partidária. Para fugir mais uma vez das amarras do TSE, ele se prepara para, logo após o Carnaval, pedir o registro definitivo do Partido Liberal (PL), que, somado ao seu próprio PSD, poderia chegar a um bloco com mais de 55 deputados, número suficiente para se impor como uma ameaça direta à histórica influência do PMDB em Brasília. Leia mais aqui.

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